segunda-feira, 9 de julho de 2007

Médiuns mecânicos



Médiuns Mecânicos


179. Se examinarmos certos efeitos que se manifestam nos movimentos da mesa, da cesta ou da prancheta, não podemos duvidar de que o Espírito exerce uma acção directa sobre esses objectos.
A cesta se agita às vezes com tamanha violência que escapa das mãos do médium, de outras vezes se dirige para certas pessoas do círculo para nelas bater; mas de outras os seus movimentos revelam um sentimento afectuoso. O mesmo acontece com o lápis na mão do médium. Muitas vezes é lançado longe, com força, ou a própria mão, como a cesta, agita-se convulsivamente e bate na mesa de maneira colérica. E isso quando o médium se encontra na maior tranquilidade e se espanta de não poder controlar-se.


Digamos, de passagem, que esses efeitos sempre denotam a presença de Espíritos imperfeitos. Os Espíritos realmente superiores são sempre calmos, cheios de dignidade e benevolência. Se não são ouvidos de maneira conveniente, afastam-se e outros lhes tomam o lugar. O Espírito pode, pois, exprimir directamente o seu pensamento, seja pelo movimento de um objecto a que a mão do médium serve apenas de apoio, seja pela sua acção sobre a própria mão do médium.
Quando o Espírito age directamente sobre a mão, dá-lhe uma impulsão completamente independente da vontade do médium. Ela avança sem interrupção e contra a vontade do médium, enquanto o Espírito tiver alguma coisa a dizer, e pára quando ele o disser.


O que caracteriza o fenómeno, nesta circunstância, é que o médium não tem a menor consciência do que escreve. A inconsciência absoluta, nesse caso, caracteriza os que chamamos de médiuns passivos ou mecânicos. Esta faculdade é tanto mais valiosa quanto não pode deixar a menor dúvida sobre a independência do pensamento daquele que escreve.(1)


(1) O acerto de Kardec, na importância que atribui à psicografia directa, está sobejamente provado pela sua própria obra e por toda a imensa bibliografia mediúnica lançada no mundo. No Brasil, basta atentarmos para a obra exemplar de Francisco Cândido Xavier. (N. do T.)


Referência: livro dos médiuns

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