domingo, 10 de junho de 2007

situações obsessivas


5 – Situações Obsessivas


As obsessões, de modo geral, não apresentam gravidade e podem ser tratadas de maneira relativamente fácil pela metodologia espírita. Só em um número pequeno de casos há factores que predispõem à degeneração do processo, culminando em subjugação ou fascinação.


Nas obsessões mais graves, quase sempre encontram-se situações em que o enfermo tem um alto índice de endividamento frente às leis de Deus. Nesses casos, verifica-se ainda a presença marcante, ostensiva, de um Espírito obsessor e de circunstâncias morais no paciente que facilitam a evolução do estado mórbido.


Em todos os casos de obsessão há sempre dois lados envolvidos. Em um deles, está o obsedado, aquele que sofre a agressão do obsessor. No outro, está o obsessor, que provoca a agressão, dando origem à obsessão.


Na patologia obsessiva há várias condições de domínio espiritual, que precisam ser bem compreendidas a fim de contribuírem para o sucesso da terapia espírita. Citaremos as situações possíveis de acontecer, tendo em vista facilitar o trabalho de médiuns e doutrinadores, pois, como veremos, será preciso agir nas duas vertentes do processo, para solucioná-lo de forma conveniente. Pode-se ter as seguintes situações obsessivas:


- De desencarnado para encarnado
- De encarnado para desencarnado
- De desencarnado para desencarnado
- De encarnado para encarnado
- Auto-obsessão
- Obsessão recíproca


De desencarnado para encarnado – Trata-se da obsessão convencional, conforme Allan Kardec nos apresenta nas Obras Básicas, onde um Espírito livre atormenta um outro que está encarnado. É o processo obsessivo mais comum e de maior incidência. Todas as pessoas possuem a faixa psíquica com a qual sintonizam. Quando a predominância dessa influência situa-se no campo de acção dos Espíritos atrasados, aparece aí o fenómeno obsessivo. As razões da obsessão são diversas, conforme já tivemos oportunidade de verificar.


De encarnado para desencarnado – Embora essa situação obsessiva não seja muito comum, ela é observada em casos nos quais pessoas encarnadas podem exercer uma influência magnética muito grande sobre Espíritos desencarnados. Tais ocorrências podem se dar quando alguém perde um ente querido (ou detestado) e nutre por ele um sentimento de amor (ou ódio) possessivo.


O desejo de quem está do lado material em permanecer ligado àquele que partiu, o lamento desmedido, o desejo de vingança etc., podem estabelecer por um tempo mais ou menos longo, laços fluídicos bastante poderosos entre ambos. Casos entre pais e filhos; entre amantes; entre inimigos; situações que envolvem disputas por herança etc., já foram detectados e classificados como sendo obsessão entre "encarnados e desencarnados".


De desencarnado para desencarnado - Espíritos que atormentam Espíritos são um drama que se desenrola tanto na Terra quando no plano espiritual. Nas sessões práticas de Espiritismo é muito comuns os médiuns terem contacto com entidades desencarnadas que se queixam de estar sendo perseguidas por algozes invisíveis. Na Revista Espírita, número de Junho de 1860, no artigo ‘’Palestras familiares do Além Túmulo, Allan Kardec evoca o espírito da Sra. Duret e propõe a seguinte questão:


Pergunta: O Espírito que obcecou um médium em vida, pode obsediá-lo após a morte?


Resposta: "A morte não liberta o homem da obsessão dos maus Espíritos: é a figura dos demónios, atormentando as almas sofredoras. Sim, esses Espíritos os perseguem após a morte e lhes causam sofrimentos horríveis, porque o Espírito atormentado se sente num abraço de que não se pode libertar".


De encarnado para encarnado – Pessoas obsediando pessoas existem em grande número. A obsessão entre vivos pode se manifestar através de sentimentos de ciúme, inveja, paixão, desejo de poder, orgulho e ódio de um indivíduo encarnado sobre outro. Temos como exemplo situações do relacionamento interpessoal, como o marido que limita a liberdade da esposa; a esposa que submete o marido aos seus caprichos; pais que se julgam no direito de cercear a liberdade dos filhos; paixões que terminam em dramas dolorosos, pactos de suicídio, assassínio etc.


Auto-obsessão - Na auto-obsessão, como já vimos, a mente do enfermo encontra-se numa condição doentia, onde ele atormenta a si mesmo. As causas deste tipo de obsessão residem nos problemas anímicos do próprio paciente, ou seja, nos seus próprios dramas pessoais, vividos nessa ou noutras encarnações.


"O homem, não raramente é obsessor de si mesmo" - (Allan Kardec, em Obras Póstumas, item 58).


Obsessão recíproca - São situações de perseguição em que dois Espíritos nutrem ódio um pelo outro ou são escravos das mesmas paixões. Alguns casos podem ser classificados como verdadeira simbiose, onde um se alimenta dos desequilíbrios do outro. Tais casos podem ocorrer entre Espíritos encarnados e desencarnados.


autor desconhecido

Um comentário:

Gentil disse...

Além de tentar modificar as próprias limitações que o espírito da gente tem, quando se é obsedado, o que fazer?
Quero dizer, quando, mesmo depois de mudar o comportamento, não se consegue livrar do obsessor vivo, o que podemos fazer?
Só orações?
Afastar-se do obsessor definitivamente?
Afastando-se do obsessor vivo, pode implicar em retorno em outra vida para resolver o problema do obsessor?