quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Provas da existência de Deus


Provas da existência de Deus

4. Onde se pode encontrar a prova da existência de Deus?
“Num axioma que aplicais às vossas ciências. Não há efeito sem causa. Procurai a
causa de tudo o que não é obra do homem e a vossa razão responderá.”
Para crer-se em Deus, basta se lance o olhar sobre as obras da Criação. O Universo
existe, logo tem uma causa. Duvidar da existência de Deus é negar que todo efeito tem uma causa e avançar que o nada pôde fazer alguma coisa.

5. Que dedução se pode tirar do sentimento instintivo, que todos os homens trazem
em si, da existência de Deus?
“A de que Deus existe; pois, donde lhes viria esse sentimento, se não tivesse uma
base? É ainda uma consequência do princípio - não há efeito sem causa.”

6. O sentimento íntimo que temos da existência de Deus não poderia ser fruto da
educação, resultado de ideias adquiridas?
“Se assim fosse, por que existiria nos vossos selvagens esse sentimento?”
Se o sentimento da existência de um ser supremo fosse tão-somente produto de um
ensino, não seria universal e não existiria senão nos que houvessem podido receber esse
ensino, conforme se dá com as noções científicas.

7. Poder-se-ia achar nas propriedades íntimas da matéria a causa primária da
formação das coisas?
“Mas, então, qual seria a causa dessas propriedades? É indispensável sempre uma
causa primária.”
Atribuir a formação primária das coisas às propriedades íntimas da matéria seria
tomar o efeito pela causa, porquanto essas propriedades são, também elas, um efeito que há de ter uma causa.

8. Que se deve pensar da opinião dos que atribuem a formação primária a uma
combinação fortuita da matéria, ou, por outra, ao acaso?
“Outro absurdo! Que homem de bom-senso pode considerar o acaso um ser
inteligente? E, demais, que é o acaso? Nada.”
A harmonia existente no mecanismo do Universo patenteia combinações e desígnios
determinados e, por isso mesmo, revela um poder inteligente. Atribuir a formação primária ao acaso é insensatez, pois que o acaso é cego e não pode produzir os efeitos que a inteligência produz. Um acaso inteligente já não seria acaso.

9. Em que é que, na causa primária, se revela uma inteligência suprema e superior
a todas as inteligências?
“Tendes um provérbio que diz: Pela obra se reconhece o autor. Pois bem! Vede a
obra e procurai o autor. O orgulho é que gera a incredulidade. O homem orgulhoso nada
admite acima de si. Por isso é que ele se denomina a si mesmo de espírito forte. Pobre ser, que um sopro de Deus pode abater!”
Do poder de uma inteligência se julga pelas obras. Não podendo nenhum ser
humano criar o que a Natureza produz, a causa primária é, consequentemente, uma
inteligência superior à Humanidade.
Quaisquer que sejam os prodígios que a inteligência humana tenha operado, ela
própria tem uma causa e, quanto maior for o que opere, tanto maior há de ser a causa
primária. Aquela inteligência superior é que é a causa primária de todas as coisas, seja qual for o nome que lhe dêem.

Referencia: O livro dos espíritos

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