terça-feira, 26 de junho de 2007

O futuro e o nada


O Futuro e o Nada


1 — Nós vivemos, nós pensamos, nós agimos — eis o que é positivo. E nós morremos — o que não é menos certo. Mas ao deixar a Terra para onde vamos? No que nos transformamos? Estaremos melhor ou pior? Seremos ainda nós mesmos ou não mais o seremos? Ser ou não ser — essa é a alternativa. Ser para todo o sempre ou nunca mais ser. Tudo ou nada. Viveremos eternamente ou tudo estará acabado para sempre. Vale a pena pensarmos em tudo isso?
Toda criatura humana sente a necessidade de viver, de gozar, de amar, de ser feliz. Diga-se àquele que sabe que vai morrer que ele ainda viverá ou que a sua hora foi adiada. Diga-se sobretudo que ele será mais feliz do que já foi — e o seu coração palpitará de alegria. Mas de que serviriam essas aspirações de felicidade, se basta um sopro para dissipá-las?


Haverá alguma coisa mais desesperadora do que essa ideia de destruição absoluta?(1)


Sagradas afeições, inteligência, progresso, saber laboriosamente adquirido, tudo seria destruído, tudo estaria perdido! Que necessidade teríamos de esforçar-nos para ser melhores, de nos constrangermos na repressão das paixões, de nos fatigarmos no aprimoramento do espírito, se de tudo isso não iremos colher nenhum fruto? E, sobretudo, diante da ideia de que amanhã, talvez, tudo isso não nos sirva para nada? Mas, se assim fosse, a sorte do homem seria cem vezes pior que a do bruto. Porque este vive inteiramente no presente, na plena satisfação de seus apetites materiais, nada aspirando para o futuro. Uma secreta intuição nos diz que isso é absurdo.


2 — Acreditando que o fim de tudo é o nada, o homem concentra forçosamente todo o seu pensamento na vida presente. Com efeito, não seria lógico preocupar-se com um futuro que não se espera. Essa preocupação exclusiva com o presente o leva naturalmente a pensar em si antes de tudo. É portanto, o mais poderoso estimulante do egoísmo, e a incredulidade é consequente consigo mesma quando chega a esta conclusão: gozemos enquanto vivemos, gozemos o mais possível, desde que após a morte tudo está acabado, gozemos logo, pois não sabemos quanto tempo isso vai durar. E também quando chega a esta outra conclusão, bastante grave para a sociedade: gozemos de qualquer maneira, cada qual por si, que a felicidade neste mundo cabe sempre ao mais esperto.


Se o respeito humano consegue deter alguns, que freio poderia segurar aqueles que nada tem? Eles dizem que a lei humana só protege os males intencionados, e por isso aplicam todo o seu talento aos meios de fraudá-la. Se existe uma doutrina malsã e anti-social é seguramente essa do nada, pois que rompe os verdadeiros laços da sociedade e da fraternidade, fundamentos das relações sociais.


3 — Suponhamos que, em alguma circunstância, todo um povo se convença de que dentro de oito dias, um mês ou um ano ele será aniquilado, que nenhum indivíduo sobreviverá, que não restará mais nenhum traço de cada um após a morte. O que faria esse povo durante este tempo? Trabalharia para se melhorar, para se instruir, se esforçaria para viver? Respeitaria os direitos, os bens, a vida de seus semelhantes? Se submeteria às leis, a alguma autoridade, qualquer que seja, mesmo a mais legítima: a autoridade paterna? Haveria para ele qualquer espécie de dever? Seguramente não.


Pois bem: isso que não acontece para um povo que a doutrina do nada realiza isoladamente a cada dia. Se as consequências não são tão desastrosas como poderiam ser, é primeiro porque na maior parte dos incrédulos há mais fanfarronice do que verdadeira incredulidade, mais dúvida do que convicção, e porque eles são mais temerosos do nada do que podem parecer. O epíteto de espírito forte alenta-lhes o amor-próprio. Em segundo lugar, os verdadeiros incrédulos constituem uma ínfima minoria, que sofrem a contra-gosto a pressão da opinião contrária e são contidos pelas forças sociais. Mas que a verdadeira incredulidade se torne um dia a opinião da maioria e a sociedade estará em dissolução. É ao que leva a propagação da doutrina do niilismo. (2)


Seja quais forem as consequências, se o niilismo fosse uma doutrina verdadeira teríamos de aceitá-la, e não seriam os sistemas contrários, nem a ideia do mal que ela pudesse produzir, que poderiam eliminá-la. Ora, não se pode negar que o cepticismo, a dúvida, a indiferença ganham terreno cada dia, apesar dos esforços da religião em contrário. Isso, é positivo. Se a religião é impotente contra a incredulidade é que lhe falta alguma coisa para combatê-la, de tal maneira que, se ela se imobilizasse, em pouco tempo estaria inevitavelmente superada. O que lhe falta neste século de positivismo, onde se quer compreender para crer, é a sanção das suas doutrinas pelos factos positivos. E é também a concordância de algumas doutrinas com os dados positivos da ciência. Se ela diz branco e os factos dizem negro, temos forçosamente de optar entre a evidência e a fé cega. (3)


(1) Cem anos depois de Kardec a Filosofia em França quase se desfez nos sofismas do nada, com Jean Paul Sartre e sua escola. Mas Simone de Beauvoir, companheira e discípula de Sartre, confirma e ilustra as considerações de Kardec ao escrever "...detesto pensar no meu aniquilamento. Penso com melancolia nos livros lidos, nos lugares visitados, no saber acumulado e que não mais existirá. Toda a música, toda a pintura, tantos lugares percorridos — e de repente mais nada!" — La Force des Choses, final do último capítulo. — A aproximação da morte, sob a ideia do nada, acarreta às criaturas mais cultas essa desesperança amarga. (N. do T.)


(2) Um jovem de dezoito anos sofria de uma doença cardíaca que foi declarada incurável. O veredicto da ciência havia sido: pode morrer dentro de oito dias ou de dois anos, mas não passará disso. O jovem ficou sabendo e logo abandonou todo o estudo e se entregou aos excessos de toda a espécie. Quando lhe mostravam quanto essa vida era perniciosa para a sua situação, ele respondia: "Que me importa, desde que só tenho dois anos de vida? De que me valeria cansar a mente? Gozo o tempo que me resta e quero me divertir até o fim." Eis a consequência lógica no niilismo. Mas se esse jovem fosse espírita poderia responder: "A morte só destruirá o meu corpo que abandonarei como uma roupa usada, mas meu espírito continuará a viver. Eu serei, numa vida futura, o que fizer de mim mesmo nesta vida. Nada do que tenha adquirido em qualidades morais e intelectuais se perderá, porque isso representa uma conquista para o meu adiantamento. Toda a imperfeição de que me houver livrado será um passo no caminho da felicidade, minha ventura ou minha desgraça futura dependem da utilização de minha existência presente. É pois de meu interesse aproveitar o pouco tempo que me resta, evitando tudo o que pudesse diminuir as minhas forças." Qual dessas duas doutrinas será preferível? (Nota de Kardec).


(3) Muitos esforços se fazem ainda hoje, particularmente no campo da Cibernética e do Estruturalismo, para demonstrar que o homem não tem liberdade. O Espiritismo é, por excelência, a doutrina da liberdade e da responsabilidade individuais. Mas o conceito de liberdade, no Espiritismo, não é absoluto. A liberdade humana é condicionada pelas condições corporais (hereditariedade, constituição etc.) pelo meio físico, pelas características raciais, pela cultura e pelas normas sociais e morais, bem como pela constituição psíquica de cada indivíduo e pelo determinismo do seu passado espiritual, do seu karma. Dentro de todas essas limitações, entretanto, subsiste a capacidade de optar, de escolher e de agir segundo a vontade. Essa capacidade permite mesmo à criatura abrandar ou romper algumas das limitações que lhe são impostas, até mesmo no plano kármico, onde a lei do amor lhe serve de instrumento para remover ou atenuar consequências nefastas. Assim, o determinismo está na facticidade (no conjunto de condições com que o homem apareceu feito no mundo) e a liberdade ou livre-arbítrio está na ipseidade (na individualização ou na essência do ser condicionado pela forma). É bom lembrar que não estamos no absoluto, mas no relativo, e que neste não existe liberdade onde não houver condições para que ela se exerça. Para melhor compreensão deste problema ler O Ser e a Serenidade, de J. H. Pires, edição "Paidéia". (N. do T.)


4 — Em face desta situação o Espiritismo vem opor um dique à invenção da incredulidade, servindo-se não somente da razão e da perspectiva dos perigos a que ela arrasta, mas também dos factos materiais, ao permitir que se toque com o dedo e se veja com o olho a alma e a vida futura.
Cada qual é livre sem dúvida no tocante à crença, podendo crer em alguma coisa ou não crer em nada. Mas os que procuram fazer prevalecer no espírito das massas, e sobretudo da juventude, a negação do futuro, apoiando-se na autoridade, seu saber e na ascendência da sua posição, semeiam na sociedade os germes da perturbação e da dissolução, incorrendo numa grande responsabilidade.


5 — Há uma outra doutrina que se defende da acusação de materialista porque admite a existência de um princípio inteligente além da matéria. É a doutrina da absorção no todo universal. Segundo esta doutrina cada indivíduo absorve ao nascer uma parcela do princípio que lhe dá a vida, constituindo a sua alma, a sua inteligência e os seus sentimentos. Com a morte, essa alma retorna ao elemento comum e se perde no infinito como uma gota d'água no oceano.
Essa doutrina é sem dúvida um passo adiante em relação ao puro materialismo, pois admite alguma coisa, enquanto o outro não admite nada. Mas as consequências de ambas são exactamente as mesmas. Que o homem seja mergulhado no nada ou num reservatório comum, é a mesma coisa. Se no primeiro caso ele é transformado em nada, no segundo perde a sua individualidade, o que equivale a perder a sua existência. As relações sociais são igualmente rompidas. O essencial para o homem é a conservação do seu eu. Sem isso, que lhe importa ser ou não ser? O futuro para ele não existe, num e noutro caso, e a vida presente é a única coisa que lhe interessa e o preocupa. Do ponto de vista das consequências morais essas duas doutrinas são perniciosas, igualmente desesperadoras, esta última excitando o egoísmo da mesma maneira que o materialismo.


6 — Além disso, pode-se fazer a essa doutrina a seguinte objecção: todas as gotas d'água de um oceano se assemelham e têm as mesmas propriedades, como partes que são de um mesmo todo. Porque as almas, se foram tiradas de um grande oceano de inteligência universal se assemelham tão pouco entre si? Como explicar a presença do génio ao lado do idiota? As mais sublimes virtudes junto aos vícios mais ignóbeis? A bondade, a doçura, a mansidão ao lado da maldade, da crueldade e da barbárie? Como as partes de um todo homogéneo podem ser diferentes umas das outras? Poderão dizer que é a educação que as modifica? Mas então de onde procedem as qualidades inatas, as inteligências precoces, os bons e os maus instintos que independem de qualquer educação e frequentemente não estão em harmonia com o meio em que as criaturas se desenvolvem?
A educação, não há dúvida, modifica as qualidades intelectuais e morais da alma, mas neste ponto outra dificuldade se apresenta. Quem deu à alma a educação que a fez progredir? Outras almas que por sua origem comum não devem ser mais adiantadas? Por outro lado, a alma, voltando ao todo universal de que sairá, após haver progredido durante a vida, leva a ele um elemento de perfeição, de onde se segue que esse todo deve ser profundamente modificado e melhorado com o tempo. Como se explica que dele saiam incessantemente almas ignorantes e perversas?


7 — Nessa doutrina a fonte universal da inteligência que produz as almas humanas é independente da Divindade. Não se trata, pois, do panteísmo. A doutrina panteísta propriamente dita difere dela ao considerar o princípio universal da vida e da inteligência como integrando a Divindade. Assim, Deus é ao mesmo tempo espírito e matéria. Todos os seres, todos os corpos da natureza constituem a Divindade, da qual representam as moléculas e demais elementos componentes. Deus é o conjunto de todas as inteligências reunidas. Cada indivíduo, sendo uma parte do todo, é em si mesmo Deus. Nenhum ser superior e independente comanda o conjunto. O universo é uma imensa república sem presidente, onde todos ou cada um é o seu próprio chefe com poder absoluto.


8 — Podemos opor numerosas objecções a esses sistemas. As principais são as seguintes:
Não se podendo conceber a Divindade sem perfeições infinitas, pergunta-se como um todo perfeito pode ser formado de parcelas tão imperfeitas que necessitam de progredir? Cada parcela estando submetida à lei do progresso, disso resulta que o próprio Deus deve progredir, e se ele progride sem cessar, deve ter sido muito imperfeito na origem dos tempos. Como um ser imperfeito, formado de vontades e ideias tão divergentes, pode conceber as leis harmoniosas, tão admiráveis, de unidade, de sabedoria e de previdência que regem o universo? Se todas as almas são parcelas da divindade, todas concorreram para a criação das leis da natureza, como se explica que elas mesmas protestem continuamente contra essas leis, que são a sua própria obra? Uma teoria só pode ser aceita como verdadeira sob a condição de satisfazer à razão e explicar todos os fenómenos que abrange. Se um só facto puder desmenti-la é que ela não possui a verdade absoluta.


9 — Do ponto de vista moral as consequências são também inteiramente ilógicas. A princípio, temos para as almas, como no sistema precedente, a absorção num todo e a perda da individualidade. Se admitirmos, segundo a opinião de alguns panteístas, que elas conservem a sua individualidade, Deus não terá mais uma vontade única, pois será um composto de miríades de vontades divergentes. Depois, sendo cada alma parte integrante da divindade, nenhuma será dominada por um poder superior. Em consequência, não haverá nenhuma responsabilidade individual pelos actos bons ou maus, como nenhum interesse em fazer o bem, podendo fazer impunemente o mal, desde que ela é o soberano senhor de si mesma.


10 — Além desses sistemas não satisfazerem à razão nem às aspirações do homem, apresentam-se, como se vê, cheios de dificuldades insuperáveis, de maneira que são incapazes de resolver todas as questões de facto que levantamos. O homem tem, portanto, três alternativas: o nada, a absorção ou a individualidade da alma antes e após a morte. É a esta última crença que a lógica nos leva insensivelmente. É ela também que constitui o fundo de todas as religiões desde que o mundo existe.
Se a lógica nos leva à individualidade da alma, nos leva também a outra consequência, a de que a sorte de cada alma deve depender de suas qualidades pessoais, pois seria irracional admitir que a alma atrasada do selvagem e a do homem perverso estivessem no mesmo nível que o do homem de bem e do sábio. Segundo a justiça, as almas devem ter a responsabilidade dos seus actos, mas para que sejam responsáveis é necessário que sejam livres para escolher entre o bem e o mal. Sem o livre-arbítrio haverá fatalidade e com esta a alma não poderia ter responsabilidade.


11 — Todas as religiões admitiram igualmente o princípio do destino feliz ou infeliz das almas após a morte, ou seja, das penas e dos gozos futuros que se resumem na doutrina do céu e do inferno, que encontramos por toda a parte. Mas no que elas diferem essencialmente é quanto à natureza das penas e dos gozos e sobretudo quanto às condições que podem levar as almas a merecerem umas e outros. Daí resultam os pontos de fé contraditórios que deram origem aos diferentes cultos e os deveres particulares impostos por todos eles para reverenciar a Deus, por meio dos quais se pode ganhar o céu e escapar ao inferno.


12 — Todas as religiões deviam estar, em sua origem, em relação com o grau de adiantamento moral e intelectual dos homens. Estes, ainda muito materiais para compreender o valor das coisas puramente espirituais, fizeram consistir a maioria dos deveres religiosos na prática de fórmulas exteriores. Durante algum tempo essas fórmulas satisfizeram à sua razão. Mais tarde, esclarecendo-se os seus espíritos, sentiram o vazio dessas fórmulas, e como a religião não mais os satisfazem eles a abandonam e se tornam filósofos.


13 — Se a religião, a princípio apropriada aos conhecimentos limitados dos homens, tivesse sempre seguido o desenvolvimento progressivo do espírito humano, não haveria incrédulos porque a necessidade de crer está na própria natureza do homem e ele sempre crerá desde que lhe dêem o alimento espiritual em harmonia com as suas exigências intelectuais. Ele quer saber de onde vem e para onde vai.
Se lhe mostrarem um alvo que não corresponde às suas aspirações nem à ideia que ele faz de Deus, nem aos dados positivos que a ciência lhe fornece, se além disso lhe impõem, para atingir a Deus, condições que a sua razão considera inúteis, ele repele a tudo. Então o materialismo e o panteísmo lhe parecem mais racionais, porque neles se discute e raciocina, e embora o raciocínio seja falso, ele prefere raciocinar falso a ser impedido de fazê-lo.(4)
Mas se lhe apresentarem um futuro em condições lógicas, digno em tudo da grandeza, da justiça e da infinita bondade de Deus, ele abandonará o materialismo e o panteísmo, dos quais sente o vazio em seu próprio íntimo e que só havia aceitado na falta de coisa melhor. O Espiritismo lhe oferece o melhor e é por isso que se vê acolhido ansiosamente por todos os que se atormentam com a incerteza pungente da dúvida, não encontrando nas crenças e nas filosofias vulgares aquilo que procuram. Ele tem a seu favor a lógica do raciocínio e a prova dos factos. É por isso que inutilmente tem sido combatido.


14 — O homem tem a convicção instintiva do futuro, mas não tendo até então nenhuma base certa para a sua definição, criou pela imaginação os sistemas que o levaram à diversidade das crenças. A doutrina espírita sobre o futuro, não sendo obra de imaginação concebida de maneira engenhosa, mas sim o resultado da observação dos factos materiais que hoje ocorrem aos nossos olhos, ligará, como já está fazendo actualmente, as opiniões divergentes ou incertas, e conduzirá pouco a pouco, pela própria força das circunstâncias, a crença a uma unidade baseada na certeza e não mais na hipótese. Realizada a unificação no tocante ao destino das almas, será este o primeiro ponto de aproximação dos diferentes cultos, um passo considerável para a tolerância religiosa, a princípio, e mais tarde para a fusão. (5)


(4) O materialismo e a descrença são flores de estufa, criações artificiais das fases de desenvolvimento cultural. Nessas fases, o desequilíbrio entre as estruturas religiosas, que vêm do passado, e as exigências novas da evolução cultural provoca a defecção religiosa. Por isso os ateus e materialistas constituem sempre minorias. Essas minorias correspondem ao número de pessoas que puderam acompanhar a evolução cultural. A massa da população permanece apegada às fórmulas religiosas tradicionais, mas, na proporção em que a cultura se divulga, a descrença e o materialismo florescem. Kardec colocou o problema numa síntese admirável, como se vê na parte grifada do período acima. (N. do T.)


(5) Foi necessário mais de um século para que esta previsão de Kardec, não profética mas formulada em termos da moderna Futurologia, começasse a realizar-se. O actual Ecumenismo, que significativamente deixa de lado o Espiritismo, é um passo, apesar das dificuldades que o entravam, para a futura fusão do pensamento religioso na Terra. Nos mundos superiores, segundo informam os Espíritos mais elevados, os cultos religiosos se fundem numa forma única, simplificada e racional. As tentativas de criação de teorias ecléticas e de construção de templos comuns para diversas religiões, em nosso tempo, são outros sinais da evolução religiosa do planeta. (N. do T.)


Referência: O ceú e o inferno

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