sexta-feira, 4 de maio de 2007

reencarnação


Reencarnação

Sendo Deus infinitamente sábio, prudente previdente justo é equitativo e bom, como compreender, porque nascem milionários e mendigos, virtuosos e viciados, génio e cretinos, bons e maus?

Porque se sofre e goza, porque prantos e risos, qual a razão de todas as anomalias da vida?
Nas religiões oficializadas não encontramos a solução desejada, porque, elas desprezaram a chave do evangelho que tudo isto explica, trocando-a pelos dogmas que as impede de compreender Deus e senti-lo.

O espiritismo, ou seja o Paráclito prometido por Jesus, vem outorgar-nos a chave do evangelho com a qual compreendemos Deus em suas obras definindo-o com simplicidade. Dizendo: - Deus é a inteligência suprema do Universo e a causa primária de todas as coisas. Deus nunca esteve inactivo; Deus tem criado desde toda a eternidade, e está criando incessantemente, mundos e almas; Deus cria as almas em seu começo todas iguais cheias de simplicidade e ignorância, e destinou-as ao mesmo fim, a Perfeição.

Para atingirmos a perfeição, temos de conquistar saber e virtude, para tal, Deus fez a lei da reencarnação, ou seja, nascer, viver, morrer, tornar a nascer progredindo sempre, para que tenhamos o mérito ou demérito de nossas obras Deus deu-nos o livre arbítrio.
É dentro desta lei, que tudo progride avança e evolui.

A reencarnação não é ensino novo: a encontramos em Job, cap 1º v 22 quando diz; Senhor, eu sei; nu sai do ventre de minha mãe, nu voltarei para lá.
Em Jacob, quando sonha que estava com a cabeça sobre uma pedra e via uma escada que saia da terra, e penetrava no céu, os anjos subiam e desciam por ela. Este sonho, mostra-nos a vida começando na pedra em formas cristalizadas, passar ao reino vegetal, animal, hominal e celestial.
No cego de nascença, os discípulos perguntam a Jesus: quem pecou, foi ele ou seus pais?
Se era cego de nascença, para existir o pecado ou causa, que deu motivo a cegueira, devia ter sido cometido em existência anterior: os apóstolos nesta pergunta mostra conhecerem a reencarnação, sem o que não poderiam assim se exprimirem.

Em João, Cap 3 v 5, Jesus diz a Nicodemos que o procurava de noite, na verdade e em verdade vos digo, que quem não renascer da água e do Espírito não pode entrar no reino dos Céus.
V 6, O que é nascido da carne, é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito.
V 7, Não te maravilhes de eu te dizer: Importa-vos nascer outra vez.
V 8, O espírito assopra onde quer, e tu não ouves a sua voz, nem para onde vai, assim é todo aquele que é nascido do espírito.
V 9, Perguntou Nicodemos: Como se pode fazer isto?
V 10, Respondeu Jesus, e disse-lhe: Tu és mestre em Israel, e não sabes estas coisas?
V 11, Em verdade, em verdade te digo que nós dizemos o que sabemos, e que damos testemunho.
V 12, Se quando eu vos tenho falado nas coisas terrenas, ainda assim vós me não credes, como me crereis vós, se eu vos falar das celestiais?
Jesus confirma a reencarnação como indispensável ao progresso do espírito, quando diz: renascer da água e do espírito. Naquele tempo, a água simbolizava a matéria.
Jesus assim ensinava a volta do espírito a viver em um corpo de carne, afirmação essa feita no V 6 quando diz: o que é nascido da carne, é carne, e o que é nascido do espírito é espírito.
Quando nasce uma criança primeiramente rompe-se uma bolsa de água que precede ao parto; assim Jesus diz deixar bem claro, que a reencarnação é feita em novo corpo onde aprenderá a conhecer as necessidades do espírito. O espírito assopra onde quer e tu não ouves a sua voz nem para onde vai. Em outros tradutores, diz o vento assopra não sabes donde vem nem para onde vai assim é todo o que é nascido da água e do espírito. Em qualquer das traduções é para ensinar-nos que, assim como não sabemos donde vem o vento, nem para onde vai, também quando nasce um criança, não sabemos o que ela foi na existência passada, nem o que ela vai ser na presente. Apesar de toda esta clareza, Nicodemos fica surpreendidos, como ainda acontece com muita gente, em quem o censo moral ainda não está suficientemente desenvolvido.
Jesus afirmando que o que é nascido da carne, é carne, e o que é nascido do espírito é espírito, é para não confundirmos o corpo com a alma, o que volta a nascer é a alma, que vem em novo corpo trabalhar no seu progresso.

O corpo físico, é para a alma como uma roupa é para o corpo quando uma roupa está velha e não corresponde as necessidades do corpo, trocamo-la por outra, o mesmo acontece com a alma, quando o corpo não satisfaz as necessidades do espírito para o seu progresso, abandona-o e troca-o por outro.

Tenho encontrado muitas pessoas que dizem: não creio, é impossível, para os que dizem impossível, diga-lhes para que uma pessoa possa dizer impossível é preciso que saiba tudo a esses, peço que faça uma semente pequenina, que uma vez lançada a terra germine, cresça floresça e dê frutos; que faça um ovoluninho, donde saia uma lagarta e se transforme em borboleta. Meu amigo, se não sabes fazer isto, falta-te autoridade para dizer impossível, o que te resta como pessoa criteriosa, é pesquisar até encontrar a verdade alicerçada na razão lógica e confirmada em fatos.
Aos que dizem simplesmente não creio, diga-lhes: a terra gira em torno do sol e no entanto parece que é o sol que anda ao redor da terra; se querem acreditar que a terra anda ao redor do sol, ela continua andando; e se não acreditam, ela continua andando da mesma forma.
Assim é a reencarnação; se quem acreditar, reencarnasse os que não querem acreditar, reencarnam-se da mesma forma.

Dizer impossível, é querer na ignorância, por um limite as leis Divinas.
Jesus, conhecia muito bem e teimosia da ignorância, quando diz a Nicodemos. Se quando eu vos tenho falhado nas coisas terrenas, ainda assim vós me não credes, como me crereis se eu vos falar das coisas celestiais?

Este diálogo foi par confirmar mais uma vez o renascimento em um novo corpo e não confundir com a reforma moral do indivíduo que domina um vício e extingue uma paixão.
Se tivéssemos uma só vida terrena como compreendermos a justiça divina e sua equidade, quando nasce um milionário e um mendigo, um génio e um cretino.

Qual seria o pai, que tendo em suas mãos o poder de fazer milionários todos os seus filhos, fizesse alguns mendigos? que podendo fazer génios, fizesse cretinos? Nenhum pai, realmente pai, faria isso.
Que Deus é sábio justo equitativo e bom, as suas obras o atestamos.
Negar a reencarnação em novos corpos, é o mesmo que negar a justiça divina.
Deus tem criado desde toda a eternidade, e está criando incessantemente, mundos e almas. Assim se explica dentro da justiça Divina, que os sábios são as almas criadas há muitos séculos, que através das reencarnações em lugares diversos e em diversos planos materiais, conquistaram o saber.

Os ignorantes, são almas novas que estão começando a sua evolução. Para atingir a perfeição, tem de conquistar saber e virtude.
Há almas que procuram primeiramente evoluir pelo saber; razão porque muitas vezes, encontramos criaturas de um desenvolvimento intelectual muito elevado e moralmente elevados, e ignorantes quanto ao saber, quer uns, quer outros, é através das muitas reencarnações que adquirirão o saber e virtude, para poderem ingressar em mundos superiores, onde o saber e moral são mais elevados.

Na luta pela perfeição, erramos muitas vezes: Temos erros intelectuais e erros morais, quer uns, quer outros, temos que rectificar: quem fez o mal, tem de fazer um bem correspondente, depois de sofrer um mal igual ao que praticou; razão porque Jesus ensinou, quem com ferro fere, com ferro será ferido, assim quem roubou, será roubado, quem caluniou e perseguiu, será perseguido e caluniado, e assim por diante, teremos de passar por tudo o que fizemos os nossos irmãos passar.

A pobreza, nem sempre é um castigo, como a riqueza não é um prémio; são provações ou expiações. As almas infantis em quem saber é pouco, são geralmente ocupados em trabalhos grosseiros e pesados, onde a remuneração é pouca, mas as almas quando encarnadas, todas tem as mesmas necessidades; comer beber vestir e formar seu lar.
As almas infantis, pela natureza do trabalho que fazem são geralmente escassamente remuneradas, ao passarem pelas lojas, vêem lustrosas sedas, finas casimiras, saborosas conservas, que desejariam levar para sue lar, mas, ao recordar-se, que o senhorio, o merceeiro, o padeiro e outros confiaram na sua palavra, renuncia a satisfação da posse e gozo de tudo o que viram e vão resgatas a sua palavra, poucos ou nada lhe restando, mas ficaram satisfeitos consigo mesmo porque cumpriram com o seu dever, cumprindo com o seu dever, está cultivando o seu dever, está cultivando o carácter. O homem, voltando quanto vale o seu carácter: Um boi quando morre por ter comido erva venenosa, tiram-lhe o couro que dá bom dinheiro, mas um homem sem carácter, não tem valor algum. A pobreza não é um castigo, mas plano de aprendizagem onde a alma se exercita na renúncia paciência, modéstia e honestidade, se em uma existência falhar na outra, obterá êxito.

A riqueza é uma provação das mais difíceis se o rico paga todas as suas obrigações, isso lhe é fácil, enquanto para o pobre é difícil, mas a provação do rico, está em não abusar da sua riqueza para explorar e oprimir o pobre, não gastar o seu tempo e haveres na satisfação dos vícios e das paixões.
Pode com sua riqueza, levar o conforto e bem estar para si e para os seus, e com o resto desenvolver actividades em benefício dos menos aquinhoados, assim procedendo, subirá a planos cada vez mais elevados facilitando o seu progresso.

Os espíritos não tem sexo, umas vezes encarnam-se em corpos masculinos, outras vezes em femininos. Nos corpos masculinos pela natureza do meio a que são chamados, é mais fácil desenvolver o saber; nos corpos femininos, lhe é mais fácil cultivar a moral, a prova disto, está quando uma moça se casa se ela exigisse do moço a mesma pureza que ele exigisse dela, será difícil casar-se. Há homens que dizem: se a mulher lhe for infiel, lavarão sua honra com o sangue da mulher, se todas as mulheres casadas quisessem fazer o mesmo não sei quantos homens ficariam.

Quantos fogem ao sagrado dever da maternidade, utilizando-se de vários recursos: em novas existências, desejarão ter filhos e não o conseguem, quantas esposas portadoras de beleza e encanto, de uma moral sublimada com dotes domésticos de alto valor, são abandonadas de seus esposos? é que na existência passada, em consequência da ignorância das leis divinas, abandonaram o esposo que verdadeiramente a adorava.
Muitas pessoas dizem: como é que não nos recordamos das vidas passadas? A essas perguntas eu pergunto: se elas se lembram de serem alimentadas aos seios maternos, se recordam de tudo o que disseram nos dias anteriores, nem muita coisa alguma.

O esquecimento das existência passadas, é uma lei de misericórdia Divina.
Se nos lembrássemos das existência passadas, seria difícil perdoar uma ofensa e reparar um dano, quando de novo tivéssemos de enfrentar ou conviver com o inimigo da existência passada.
Seria difícil suportar a existência actual em um plano inferior a aqueles que em existências idas ocuparam posições de destaque, como sejam reis e governadores, que tendo abusado da sua autoridade, vêem agora em planos inferiores expiar suas faltas.


Os portadores de brilhante inteligência, que serviram-se dela para oprimir e humilhar os seus irmãos fazendo da mentira uma verdade, e nesta vida vêem surdos e mudos.
Se se lembrassem de suas vidas passadas não seria fácil vencer.
A reencarnação é a porta da esperança que nos alente e encoraja para vencermos nas lutas de rectificação e aprendizado, e a justiça e equidade Divina. Negar a reencarnação é invalidar todo o poder divino.
Só os cérebros erradamente esclarecidos, só os educados pelo avesso a negam.

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